domingo, 26 de abril de 2009

Diferentes etnias

Diferentes etnias


Na interdisciplina de “Questões étnicos-raciais” estou aprendendo mais sobre as diferentes etnias existentes, importância de trabalharmos as diferenças, valorizando-as.
Para realizar o mosaico com meus alunos solicitei que conversassem com a família sobre a origem do sobrenome, trouxessem gravuras desta etnia e fotos da família.
No comentário sobre a atividade , a tutora Luciane Mota fez a seguinte colocação:

Postado por LUCIANE DE OLIVEIRA MACHADO MOTA em 24/04/2009 21:33
Raquel,muito boa a atividade desenvolvida,porém a etnia negra não foi identicada, poderias ter feito um gancho, questionando porque não identificaram esta etnia, pois sabemos que a exclusão com esta etnia é muito grande.Como não vi teu mosaico, fico curiosa em identificar como fazendo parte da construção da nação.Sendo importante para os alunos, resgatar a história dos imigrantes, colonizadores etc.Bjs.


Meu primeiro pensamento foi que não tenho nenhum aluno negro, por esta razão não surgiu nada na turma sobre esta etnia. Após refletir percebi que se questionasse mais os alunos e pais surgiria grande possibilidade de algum aluno ter na família alguém de origem negra, pois de acordo com o texto “ Em busca de uma ancestralidade brasileira”, de Daniel Mundurucu, página 3:
“ Somos a continuação de um fio que nasceu há muito tempo atrás... vindo de outros lugares..iniciado por outras pessoas...completado...remendado...costurado e ...continuado por nós.”
Com certeza há grande importância de trabalhar esta etnia na sala de aula porque mesmo que não tenhamos alunos negros na sala, há na escola, bairro que moram, enfim, em diversos lugares, o espaço em que vivem não se restringe apenas a sala de aula e como educadoras devemos trabalhar a valorização e importância de todas as etnias!

Estádios de desenvolvimento

Estádios de desenvolvimento
Na interdisciplina de Psicologia estamos estudando sobre Piaget e os estádios de desenvolvimento. Aprendi características de cada estádio.

Trabalho de psicologia:

Estádios do desenvolvimento
Um dos aspectos mais conhecidos da obra de Piaget é a teoria dos períodos de desenvolvimento. Em sua teoria, determinou quatro períodos do desenvolvimento da criança.
O primeiro é o Sensório-motor, com idade aproximada de 0 a 2 anos, período em que limita-se a ações na realidade.
A linguagem é o resultado de um longo processo que tem início no nascimento da criança, a partir do que ela faz, como faz, na intervenção com o meio.
O estádio Pré-operatório tem idade aproximada de 2 a 7 anos, é um período simbólico e intuitivo, a criança percebe os fatos através dos sentidos, a partir de manipulações práticas. O aparecimento da função simbólica permite a criança ter uma representação mental dos objetos e das coisas do ambiente, neste período classifica quando separa ou agrupo objetos por suas semelhanças e diferenças, estabelecendo assim relações das coisas do ambiente em que vive.
A capacidade de representação da realidade se manifesta de diversas formas: imitação diferida, desenho, imagem mental, jogo simbólico, linguagem, sonhos e devaneios.
Este período é marcado pelo egocentrismo, há ausência de equilíbrio entre processos de assimilação e acomodação, não é capaz de lidar com ideias diferentes das suas, seu pensamento tende-se a centrar-se em um único aspecto da realidade ligando-se muito mais aos sucessivos estados de um objeto do que as transformações pelas quais passa, período marcado pela intuição e não pela lógica.
Ocorre a irreversibilidade do pensamento, não consegue seguir uma série de raciocínio e inverter mentalmente a direção para reencontrar um ponto de partida não modificado.
No período das Operações concretas, que tem idade aproximada de 7 a 12 anos, a criança já tem capacidade de reversibilidade do pensamento, já é capaz de realizar operações mentais, é capaz de cooperar porque não confunde seu próprio ponto de vista com o doa outros, discussões torna-se possíveis.
São construídas operações lógicas de classificação e seriação, conservação física de substâncias, peso, volume e conservações espaciais de comprimento, área e volume espacial, conceito de número. Neste período o real é que define suas possibilidades.
No período Operatório- formal, com idade aproximada de 12 a 16 anos, o sujeito estabelece relações entre teorias, produzindo nelas transformações, surge um mundo de possibilidades cujo real é apenas um setor limitado, trabalha com o pensamento hipotético-dedutivo e estabelece relações entre diferentes teorias.

Muitas vezes na sala de aula tinha dificuldades de realizar com alguns alunos trabalho em grupos e não compreendia o motivo disto acontecer. Li no texto ‘ Epistemologia genética e construção do conhecimento”, de Tânia Marques:
“A capacidade simbólica da criança pré-operatória é marcada pela egocentrismo já que, em função da ausência de um equilíbrio entre os processos de assimilação e acomodação, há muitas assimilações deformantes da realidade ao eu, sem uma acomodação completa. Logo, o pensamento da criança pré-operatória é egocêntrico, o que significa que não é capaz de lidar com idéias diferentes das suas em relação a um determinado tema.”

Percebi que estes alunos demonstram claramente estar no período Pré-operatório, pois é visível o egocentrismo, apresentam dificuldades de lidar com idéias diferentes das suas desejando impor seu ponto de vista, alguns brigam, fazem queixas desejando que o professor solucione os conflitos e outros isolam-se do grupo desistindo de participar das atividades, ficam quietos ou brabos sem interagir com o grupo.
Através dos estudos compreendo melhor a fase em que estes alunos se encontram, desta forma é possível realizar um trabalho para superarem os conflitos e avançarem na fase de desenvolvimento.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Psicologia

APRENDIZAGEM

Na interdisciplina de Psicologia aprendi sobre os modelos de epistemologias e características de cada.
Aprendi que no modelo empirista o conhecimento é transferido do meio para o sujeito, é aquele bem tradicional onde aprende-se por repetição e reprodução, o professor é o dono do conhecimento e aluno uma tabula rasa, que não sabe coisa alguma quando chega a escola, aprende somente o que o professor o ensinar. Neste contexto o professor jamais aprenderá, pois já sabe tudo e o aluno jamais ensinará, porque este é o papel exclusivo do professor.
No modelo epistemológico apriorista acredita-se que o conhecimento depende apenas das condições internas do sujeito, o aluno aprende por si próprio, pois já possui conhecimento programado na sua herança genética.
O modelo de epistemologia construtivista é o que valoriza o professor e alunos, trabalham em sintonia, todos aprendem no processo e nenhum é mais importante que o outro, é a pedagogia relacional do interacionaismo, onde a causa do comportamento humano está nas ações do sujeito que responde as resistências do meio, modificando ativamente suas estruturas.
Nesta proposta o professor deve se questionar sobre que tipo de cidadão quer que o aluno seja. Vive-se o presente, buscando no passado conhecimento prévios, respostas para algumas questões, construindo um futuro onde se tenha a consciência do papel de cada um como sujeitos críticos, que reflitam diante das situações, cidadãos ativos na sociedade em que vivem.
Estas aprendizagens foram construídas através das leituras dos textos “Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos” e “O que é construtivismo?”, de Fernando Becker, aula presencial do dia 8 de Abril, onde cada grupo escreveu no papel uma característica da epistemologia escolhida para que os outros grupos respondessem através de estudos, debates entre colegas, professora e tutores.



Também foram necessárias reflexões sobre qual epistemologia está de acordo com minha prática em sala de aula, tinha como conhecimento prévio que o construtivismo era uma “bagunça”, onde só o aluno podia mostrar sua forma de pensar e o que o professor pensava não era considerado.
Li o texto “O que é construtivismo?”, de Fernando Becker,, onde construtivismo está conceituado da seguinte forma:
“Construtivismo significa isto: a idéia de que nada, a rigor, está pronto, acabado, e de que, especificamente, o conhecimento não é dado, em nenhuma instância, como algo terminado. Ele se constitui pela interação do Indivíduo com o meio físico e social, com o simbolismo humano, com o mundo das relações sociais; e se constitui por força de sua ação e não por qualquer dotação prévia,na bagagem hereditária ou no meio, de tal modo que podemos afirmar que antes da ação não há psiquismo nem consciência e, muito menos, pensamento.”
Percebi que meus conhecimento prévios não estavam corretos, ou seja, houve conflitos do que foi assimilado anteriormente e acomodação de novos conhecimentos, percebi que aquelas características eram do apriorismo, onde o professor procura interferir o mínimo possível no processo de aprendizagem dos alunos.
Concluo que a epistemologia utilizada em minha prática pedagógica é o interacionismo, onde as duas condições, internas e externas, estão juntas e são importantes no processo de ensino-aprendizagem.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Inclusao

Tive 2 alunos de inclusão em 2007 e no final do ano um foi aprovado. A menina tinha vindo de uma escola especial e imitava gestos das crianças da escola anterior, era repetente e tinha 12 anos.
Ao longo do convívio na escola regular parou com os gestos anteriores como balançar pernas e cabeça todo o tempo, passou a interagir com os colegas em diversas situações. Aprendeu a escrever seu nome e 18 letras do alfabeto relacionando a objetos e pessoas significativas.
Foi aprovada devido a defasagem idade série, aprendizagens construídas , questão da auto-estima, relacionamento, mas ainda não estava alfabetizada.
Sentia-me culpada por tê-la aprovado, pois no segundo ano temos como objetivo a alfabetização.
Li as participações no fórum da interdisciplina de inclusão e a colocação da colega Ana Parker trouxe reflexões.
05/04/2009 13:54:17
ANA BEATRIZ CORRÊA BEZERRA PARKER
São inúmeras as questões que as colegas estão levantando neste nosso fórum e a leitura que faço é que nós enquanto educadoras procuramos sempre dar conta dos desafios que nos apresentam, e a inclusão é mais um destes. Pelos relatos até aqui verifiquei que a maioria apesar de não ter o suporte necessário para lidar com as necessidades especiais, tem a arma principal em suas mãos que é o afeto e a vontade de ver o seu aluno integrado e feliz. Tive um aluno, que sofria de convulções e quando o assumi na terceira série ele estava com 14 anos, ainda não sabia ler e nem escrever seu nome, fora promovido sob a alegação de que estava sendo incluido e por isso se \"socializando\". Fui atrás da história do aluno e descobri que ele frequentava a escola desde os seus sete anos, e percorrera várias instituições durante todo esse período. A partir daí e por isso estou relatando este caso me veio a seguinte pergunta: Será que durante todo este tempo, a escola que se propunha incluí-lo e socializá-lo realmente estaria alcançando o seu objetivo?Que socialização era esta que mantinha o aluno com mesma postura durante todos esse anos? E le não tinha adquirido autonomia para tomar seus medicamentos, não conseguia pegar um ônibus,se demonstrava totalmente dependente da mãe ou da professora. Que preparo para a vida a escola estaria dando para este aluno? “DURANTE ESTE ANO ENTENDI QUE A INCLUSÃO NÃO É SIMPLESMENTE SOCIALIZAÇÃO MAS O COMPROMISSO DE DESENVOLVER AS POTENCIALIDADES DO ALUNO, QUE ÁS VEZES NÃO VAI CONSEGUIR APRENDER A LER OU ESCREVER MAS SIM ADQUIRIR MAIS AUTONOMIA E SER VALORIZADO ENQUANTO PESSOA.”
O aluno pode não progredir na escola quanto ao desejado , cada ser humano tem o seu ritmo(minha prima com Síndrome de Douw levou 7 anos para ser alfabetizada), mas a autonomia para a vida e valorização enquanto pessoa são muito importantes. Minha aluna progrediu muito nestes aspectos, desta forma não me sinto mais culpada pela sua aprovação, também construiu muitas aprendizagens para ser alfabetizada e apesar daquele ano não ter alcançado este objetivo, na série seguinte o correto é ter uma continuação deste processo.