domingo, 20 de setembro de 2009

Linguagem e educação

Na interdisciplina de Linguagem e educação realizei uma atividade do módulo 1 em que era necessário a leitura do texto Leitura, escrita e oralidade como artefatos culturais, de Maria Isabel Dalla Zen e Iole Fariero Trindade. A atividade consistia em responder as seguintes questões : Fala-se/ lê-se sempre do mesmo jeito? Que diferenciações podem ocorrem em relação a fala ou escrita?
Li algumas citações que contribuíram para responder as questões acima:
“Chartier ( 1998) observa que a alfabetização não é uma atividade que se dê fora da história. Considera-se então, que por trás daquilo que se chama saber ler estão competências específicas de cada época. Portanto, precisamos entender como se constituíram as demandas sociais da leitura, escrita e oralidade e como se deu a redefinição dos métodos e metodologias de alfabetização criados para suprir determinadas competências lingüísticas exigidas social e contextualmente por sociedades diversas.” Pág 3
“A escrita não é uma modalidade fixa, não é sempre formal/ sofisticada/planejada, assim como a fala não é, em todas as situações de comunicação informal/coloquial e sem planejamento ( Kleiman, 1995) Em nossa cultura acadêmica , uma conferência, por exemplo, suscita planejamento no que e refere ao assunto e aos recursos expressivos a serem mobilizados durante a exposição do tema. Já um bilhete ou um telefonema para uma pessoa mais íntima não supõe esse grau de planejamento” Pág 5
“Talvez seja interessante , de início, problematizarmos a relação existente entre linguagem e grupos sociais, para isso, é necessário que se considerem as variedades linguíticas, desestabilizando a idéia de uma língua padrão, como se essa não sofresse variedade alterações sócioculturais. Essas variedades manifestam-se tanto na linguagem oral, quanto na escrita. Kato (1987) já discutiu a questão assinalando que não são mobilidades invariantes e que , portanto, no interior de cada uma, há uma múltipla variação.” Pág 6
Através destas leituras aprendi que Não se fala, escreve ou lê sempre do mesmo jeito, as representações da leitura, escrita e oralidade são construídas a partir das práticas culturais e estruturas sociais, de acordo com as demandas, necessidades da escola, época e contexto social.
O lugar onde vou falar, para que razão ou situação pode variar o discurso, por exemplo, a linguagem é diferente quando estou no lazer com os amigos de quando estou realizando uma reunião com os pais de meus alunos.
A escrita também pode variar, em algumas situações é formal, sofisticada e planejada, não vou fazer um trabalho de graduação da UFRGS sem antes planejar o conteúdo e expressar na escrita formalmente, no entanto, se vou escrever algo para alguém mais íntimo pode ser expresso de maneira informal e sem planejamento.

Estas aprendizagens são significativas no processo de construção do conhecimento, pois percebi o quanto é importante realizar um trabalho pedagógico que atenda uma exploração mais dinâmica e contextualizada da fala e escrita, exemplos importantes são as diferentes representações nos textos (Etnias, classes sociais...) e da leitura (jornal, revista, bula...).
Trabalho com alfabetização e percebi mais claramente o quanto é importante alfabetizar considerando o contexto que os alunos vivem, suas histórias, trajetórias de vida...
Através desta atividade procuro trabalhar com meus alunos atividades diversificadas levando em conta diferentes formas de falar e escrever.

Libras

Libras

No mês de Setembro tivemos uma aula presencial de Libras. A professora da interdisciplina se comunicou em língua de sinais e tinha uma intérprete para que pudéssemos entender.
Conheci mais sobre a linguagem de sinais de forma atrativa, acompanhamos a leitura de informações importantes no power point e fizemos brincadeiras.
Conheci o que significa a palavras LIBRAS e aprendi curiosidades importantes como não existir apenas uma linguagem de sinais e até mesmo no Brasil haver diferenças regionais. Foi interessante saber que as expressões no rosto são importantes na comunicação dos surdos, é comparado ao nosso tom de voz ou expressão facial ao nos expressarmos.Conheci diferentes alfabetos ( de nosso país e outros), iniciamos uma comunicação em Libras, aprendi várias palavras.Conheci mais sobre como é a vida destas pessoas, muitos gostam de usar computador se comunicando através desta ferramenta, visualizei um telefone diferente em que há teclas que digitam a mensagem, uma pessoa do outro lado da linha lê e passa o recado para o destinatário, tem o relógio despertador que vibra para acordarem, na escola percebem a troca de períodos com um sino diferente.
Estas aprendizagens são significativas, pois é importante conhecer a realidade destas pessoas, futuramente posso ter um aluno surdo e não conheceria informações tão simples que podem contribuir para conhecê-lo e compreendê-lo melhor.
Ficou mais claro em minha mente a informação de que há recursos diferentes que podem ser usados facilitando a aprendizagem, um exemplo citado foi o sino em que mesmo sem ouvir percebem quando há início e término das aulas.
Através destas aprendizagens estou mais atenta aos interesses e necessidades de meus alunos, buscando diferentes estratégias e recursos para que a aprendizagem seja significativa.