Todos os anos trabalho sobre os índios na escola no dia 19 de Abril, algo bem superficial como uma música de índio, confecção de cocar, diálogo sobre sua cultura...
Ao ler o texto “ Os índios no Brasil, quem são e quantos são”, de Gersen Dos Santos Luciano, me chamou atenção alguns trechos como:
“O navegador italiano Cristóvão Colombo, em nome da Coroa Espanhola, empreendeu uma viagem em 1492 partindo da Espanha rumo às Índias, na época uma região da Ásia. Castigada por fortes tempestades, a frota ficou à deriva por muitos dias até alcançar uma região continental que Colombo imaginou que fossem as Índias, mas que na verdade era o atual continente americano. Foi assim que os habitantes encontrados nesse novo continente
receberam o apelido genérico de “índios” ou “indígenas” que até hoje conservam.” Pág 2.
“Antes da década de 1970, chamar alguém de índio, fosse ele nativo ou não, era uma ofensa.” Pág 3.
“Eles foram forçados a abdicar de suas culturas, tradições, de seus valores e saberes porque eram considerados inferiores, satânicos e bárbaros (ou seja, eram considerados como sinônimo de atraso, o que os impedia de entrar no mundo civilizado, moderno e desenvolvido) e para poderem se tornar gente civilizada, moderna e desenvolvida” Pág 5
“O processo de reafirmação das identidades étnicas, articulado no plano estratégico pan-indígena por meio da aceitação da denominação genérica de índios ou indígenas, resultou na recuperação da auto-estima dos povos indígenas perdida ao longo dos séculos de dominação e escravidão colonial. O índio de hoje é um índio que se orgulha de ser nativo,
de ser originário, de ser portador de civilização própria e de pertencer a uma ancestralidade particular.” Pág 4
“Os povos indígenas são grupos étnicos diversos e diferenciados, da mesma forma que os povos europeus (alemão, italiano, francês, holandês) são diferentes entre si. Seria ofensa dizer que o alemão é igual ao português, da mesma maneira que é ofensa dizer que o povo Yanomami é igual ao Guarani. ” Pág 6
“Entrar e fazer parte da modernidade não significa abdicar de sua origem nem de suas tradições e modos de vida próprios, mas de uma interação consciente com outras culturas que leve à valorização de si mesmo.” Pág 5
Na leitura aprendi algumas curiosidades sobre os índios e percebi que mesmo inconscientemente estava desvalorizando esta cultura ao deixar de trabalhar ou até mesmo trabalhando superficialmente na sala de aula.
Nunca falei das lutas que enfrentaram e até hoje muitos enfrentam, da tristeza ao sofrerem discriminação, da perda da identidade, das diferenças entre os povos...
Através desta leitura refleti e estou consciente da importância de trabalhar esta etnia valorizando sua cultura, concluo com um pensamento do texto “ Os índios no Brasil, quem são e quantos são”, de Gersen Dos Santos Luciano:
“Ora, identidade implica a alteridade, assim como a alteridade pressupõe diversidade de identidades, pois é na interação com o outro não-idêntico que a identidade se constitui.”
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segunda-feira, 1 de junho de 2009
terça-feira, 12 de maio de 2009
Viva o presente!
Viva o presente!
Já tive stress e depressão por viver o presente com acúmulos de atividades e não ter tempo para dedicar a mim e a família.
Ao realizar a leitura do texto “Em busca de uma ancestralidade brasileira”, de Daniel Mundurucu, uma parte em especial me chamou atenção:
“Entre os índios não existe crise existencial. Paro e pergunto por quê. Constato que entre os povos indígenas não existem angústias. As crises nascem da angústia. A angústia nasce da necessidade de escolher...Isso vira um círculo vicioso e o vício torna a vida uma busca insana pela felicidade que, dizem, se encontra no conforto, na fuga da dor, no consumo.O consumo por sua vez, torna as pessoas egoístas e o egoísmo trás solidão e a solidão tristeza e a tristeza a falta de alegria e a falta de alegria gera angústia, trás a crise e esta é caudada pela falta de rituais que dêem sentido a existência das pessoas.As pessoas não tem onde se apegar, pois não tem uma tradição, uma ancestralidade.
Onde quero chegar? Quero chegar no presente. O índio não tem crise existencial porque vive no presente, sem esquecer o passado e sem desejar o futuro. Ouvido meu sábio avô mais esta máxima: se o momento atual não fosse tão bom, não teria o nome presente. Querem coisa mais sábia? O nosso grande presente, o presente que a vida nos proporciona é justamente o agora. Entre os índios Mundurucu e outros que conheci, toda vez que se recebe um presente usa-se na mesma hora. E sabem por quê?Porque presente não se usa no futuro.”
A partir desta leitura refleti e procurei viver mais o presente, não deixo de fazer planos para o futuro mas procuro viver com mais qualidade o momento que a vida proporciona agora!!!
Já tive stress e depressão por viver o presente com acúmulos de atividades e não ter tempo para dedicar a mim e a família.
Ao realizar a leitura do texto “Em busca de uma ancestralidade brasileira”, de Daniel Mundurucu, uma parte em especial me chamou atenção:
“Entre os índios não existe crise existencial. Paro e pergunto por quê. Constato que entre os povos indígenas não existem angústias. As crises nascem da angústia. A angústia nasce da necessidade de escolher...Isso vira um círculo vicioso e o vício torna a vida uma busca insana pela felicidade que, dizem, se encontra no conforto, na fuga da dor, no consumo.O consumo por sua vez, torna as pessoas egoístas e o egoísmo trás solidão e a solidão tristeza e a tristeza a falta de alegria e a falta de alegria gera angústia, trás a crise e esta é caudada pela falta de rituais que dêem sentido a existência das pessoas.As pessoas não tem onde se apegar, pois não tem uma tradição, uma ancestralidade.
Onde quero chegar? Quero chegar no presente. O índio não tem crise existencial porque vive no presente, sem esquecer o passado e sem desejar o futuro. Ouvido meu sábio avô mais esta máxima: se o momento atual não fosse tão bom, não teria o nome presente. Querem coisa mais sábia? O nosso grande presente, o presente que a vida nos proporciona é justamente o agora. Entre os índios Mundurucu e outros que conheci, toda vez que se recebe um presente usa-se na mesma hora. E sabem por quê?Porque presente não se usa no futuro.”
A partir desta leitura refleti e procurei viver mais o presente, não deixo de fazer planos para o futuro mas procuro viver com mais qualidade o momento que a vida proporciona agora!!!
domingo, 26 de abril de 2009
Diferentes etnias
Diferentes etnias
Na interdisciplina de “Questões étnicos-raciais” estou aprendendo mais sobre as diferentes etnias existentes, importância de trabalharmos as diferenças, valorizando-as.
Para realizar o mosaico com meus alunos solicitei que conversassem com a família sobre a origem do sobrenome, trouxessem gravuras desta etnia e fotos da família.
No comentário sobre a atividade , a tutora Luciane Mota fez a seguinte colocação:
Postado por LUCIANE DE OLIVEIRA MACHADO MOTA em 24/04/2009 21:33
Raquel,muito boa a atividade desenvolvida,porém a etnia negra não foi identicada, poderias ter feito um gancho, questionando porque não identificaram esta etnia, pois sabemos que a exclusão com esta etnia é muito grande.Como não vi teu mosaico, fico curiosa em identificar como fazendo parte da construção da nação.Sendo importante para os alunos, resgatar a história dos imigrantes, colonizadores etc.Bjs.
Meu primeiro pensamento foi que não tenho nenhum aluno negro, por esta razão não surgiu nada na turma sobre esta etnia. Após refletir percebi que se questionasse mais os alunos e pais surgiria grande possibilidade de algum aluno ter na família alguém de origem negra, pois de acordo com o texto “ Em busca de uma ancestralidade brasileira”, de Daniel Mundurucu, página 3:
“ Somos a continuação de um fio que nasceu há muito tempo atrás... vindo de outros lugares..iniciado por outras pessoas...completado...remendado...costurado e ...continuado por nós.”
Com certeza há grande importância de trabalhar esta etnia na sala de aula porque mesmo que não tenhamos alunos negros na sala, há na escola, bairro que moram, enfim, em diversos lugares, o espaço em que vivem não se restringe apenas a sala de aula e como educadoras devemos trabalhar a valorização e importância de todas as etnias!
Na interdisciplina de “Questões étnicos-raciais” estou aprendendo mais sobre as diferentes etnias existentes, importância de trabalharmos as diferenças, valorizando-as.
Para realizar o mosaico com meus alunos solicitei que conversassem com a família sobre a origem do sobrenome, trouxessem gravuras desta etnia e fotos da família.
No comentário sobre a atividade , a tutora Luciane Mota fez a seguinte colocação:
Postado por LUCIANE DE OLIVEIRA MACHADO MOTA em 24/04/2009 21:33
Raquel,muito boa a atividade desenvolvida,porém a etnia negra não foi identicada, poderias ter feito um gancho, questionando porque não identificaram esta etnia, pois sabemos que a exclusão com esta etnia é muito grande.Como não vi teu mosaico, fico curiosa em identificar como fazendo parte da construção da nação.Sendo importante para os alunos, resgatar a história dos imigrantes, colonizadores etc.Bjs.
Meu primeiro pensamento foi que não tenho nenhum aluno negro, por esta razão não surgiu nada na turma sobre esta etnia. Após refletir percebi que se questionasse mais os alunos e pais surgiria grande possibilidade de algum aluno ter na família alguém de origem negra, pois de acordo com o texto “ Em busca de uma ancestralidade brasileira”, de Daniel Mundurucu, página 3:
“ Somos a continuação de um fio que nasceu há muito tempo atrás... vindo de outros lugares..iniciado por outras pessoas...completado...remendado...costurado e ...continuado por nós.”
Com certeza há grande importância de trabalhar esta etnia na sala de aula porque mesmo que não tenhamos alunos negros na sala, há na escola, bairro que moram, enfim, em diversos lugares, o espaço em que vivem não se restringe apenas a sala de aula e como educadoras devemos trabalhar a valorização e importância de todas as etnias!
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