quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Linguagem e Didática

Na interdisciplina de Linguagem e educação foi proposta a leitura do texto “Não há como alfabetizar sem método?”, de Iole Trindade, deveríamos participar de um fórum destacando e comentando algumas ideias dos textos trabalhados considero importantes para o desenvolvimento de um plano de aula. A aprendizagem ocorrida é que não há como alfabetizar sem método, o método pode ser um pouco de cada e o mais importante é a forma como é aplicado.
De acordo com o texto “Não há como alfabetizar sem método?”, de Iole Trindade:
“Passo, nesta seção, a fazer novas provocações, ao imaginar aquelas que quem lê este texto se faz agora: o que fazer, então, na segunda-feira de manhã? Por onde começar? E, de forma taxativa, respondo: não há como alfabetizar sem método. Digo isso tudo por não creditar aos métodos uma grande verdade, “a” verdade. Digo isso, sim, sem a ilusão de que exista um discurso que oriente uma prática de forma mais verdadeira, optando pelo que reconheço como a “melhor tática”, mesmo que provisória, e que consiste na consideração de uma trajetória dos estudos na área da alfabetização e da língua materna para a produção de um método ou uma didática de alfabetização. Digo mais: penso que, ao mesmo tempo em que precisamos lançar um olhar de estranhamento para as práticas de alfabetização que produzimos, isto é, para a representação que damos a determinados discursos, posicionando-os em diferentes áreas do conhecimento, incluindo a pedagógica, precisamos lançar um olhar de estranhamento para seus efeitos, com vistas a produzir uma escolarização em diferentes níveis e modalidades de ensino, discutindo, portanto, a sua produção e a pertinência da sua escolarização. “
“Assumindo também, como professora de prática de ensino, que precisamos ter uma didática que acolha essa pluralidade de discursos, fazendo uso deles conforme necessidades de uma formação, reafirmo que não há como alfabetizar e letrar (não importa a ordem!), na escola, sem o uso de múltiplos métodos que contemplem os processos de ensino e de aprendizagem, isto é, de aquisição (codificação e decodificação) e usos da língua escrita.”
“”Sem falsos preconceitos, proponho, portanto, “mais um método de alfabetização” (entre os tantos circulantes, na academia e na escola), construído pela bricolagem de didáticas diversas, contando, então, com a trajetória dos “tradicionais” métodos de alfabetização, como uma produção histórica que permite que exploremos, por exemplo, a relação imagem-letra inicial de palavras significativas ou entre as unidades linguísticas (grafemas-fonemas, sílabas-letras, palavras-sílabas, frase-palavras, texto-frases), além de todas as variações imagináveis, que os métodos em suas diferentes marchas e combinações nos ensinaram, a partir de uma produção que foi passando por alterações ao longo dos séculos
“Devo observar, ainda, que a atuação como pesquisadora tem exigido um olhar de estranhamento em relação ao que produzimos e veiculamos”

Esta aprendizagem foi significativa porque tinha dúvidas sobre a importância do uso de um método, nunca esqueço que quando entrei na escola que trabalho, a supervisora me questionou sobre que método usava, confesso que não sabia o que responder. Atualmente meu método é um pouco de cada, procuro aprender sobre novos métodos porque aprendi nesta interdisciplina que não devemos confiar totalmente em um método, o tempo passa e para não ficar ultrapassada e evoluir com o mundo que nos rodeia devo estar aberta a aprender novas formas de construir conhecimento com meus alunos.
A evidência maior desta aprendizagem é que estou neste curso de Pedagogia aberta a aprender e sendo mais crítica com as informações que me rodeiam, percebi que todos os métodos tem algo que posso aproveitar e não defendo um a ponto de fechar os olhos para novas formas de aprender.

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